“Peso ideal” é um conceito que deve ser esquecido de uma vez por todas! Ele foi criado por volta de 1950, por companhias de seguro norte-americanas, a fim de elaborar tabelas de prêmios para seguros de vida. Para isso, basearam-se em estatísticas um tanto quanto vagas, as quais relacionavam a expectativa de vida ao peso dos indivíduos.
A noção de peso ideal é, portanto, uma invenção que não tem parâmetros médicos. Alguns médicos como H.A. Lorentz tentaram, no entanto, elaborar fórmulas matemáticas para determinar esse tão falado peso ideal. Mas essas fórmulas não levaram em conta a idade do indivíduo, nem a espessura de seu esqueleto e muito menos sua morfologia. E, ainda, negligenciaram totalmente as respectivas partes de cada um dos constituintes do organismo (massa magra/massa gorda) na composição total.
É por isso que a noção de peso ideal, por mais clássica que ainda seja, precisa ser definitivamente abandonada: paradoxalmente, a balança se revela pouco confiável quando se trata de definir a composição corporal!
Na verdade, o peso total de uma pessoa de 25 anos é composto da seguinte maneira:
• Líquidos (água + mais sangue) 25%
• Músculos 32%
• Pele + esqueleto 15%
• Vísceras + órgãos 8%
• Gordura 20%
Quando nos pesamos, o que obtemos? Uma cifra única que cobre a soma dos diferentes elementos, mas que não leva em conta suas respectivas ptoporções.
Se o peso nos parecer muito elevado, não teremos condição de determinar se é devido a um excesso de gordura, de água ou mesmo de músculos…
Excesso de peso e obesidade não se definem por excesso de quilos, mas por excesso de massa gorda.