Criado em 1980, por um francês, Michel Montignac, diretor de Relações Humanas de um laboratório farmacêutico, essa dieta, na sua primeira versão, era uma mistura dos métodos de Atkins e Shelton, por isso, foi, com justiça, muito criticada.
Suas versões posteriores, modificadas, eram claramente mais interessantes, mas muitos não tiveram a curiosidade de analisá-las e ficaram na primeira versão, que é bastante imperfeita.
Principio:
- Pode-se comer, sem limitar calorias.
- As refeições devem ser muito ricas em proteínas (até um terço do aporte energético diário, o que vai além da quantidade habitualmente recomendada, que é de 15%).
- É preciso centrar a alimentação sobre alimentos com índice glicemico baixo.
- A dieta recomenda consumir muitas fibras (somente alimentos integrais, nada de alimentos refinados).
- Não recomenda comer frutas ao final das refeições.
Crítica:
- A visão da alimentação é maniqueísta (há “bons” alimentos e “maus” alimentos (açúcar, alimentos refinados, batatas).
- O método, com intuito de execrar os alimentos considerados perigosos, insiste mais sobre as proibições do que sobre as autorizações. É uma visão “em negativo” da alimentação.
- Oculta problemas de distúrbios do comportamento alimentar.
- Apesar dos conselhos exatos sobre a escolha dos lipídeos, alguns adeptos do método (que não o leram!) comem muita gordura, aumentando a taxa de colesterol no sangue. Por isso, o método foi acusado por seus detratores de favorecer as doenças cardiovasculares.
O regime foi analisado cientificamente pelos responsáveis pelos serviços de Nutrição e Cardiologia do hospital Lavai, do Québec, no Canadá (J.-C. Dumesnil, A. Tremblay e J.-P. Després).
Os resultados de um primeiro estudo foram publicados em agosto dc 1998, por ocasião do congresso internacional sobre obesida-
de, em Paris. Esse trabalho versava sobre homens com idade média de 47 anos, pesando entre 103 c 111 quilos c com um 1MC de 28.
Em dieta livre (quer dizer, comendo à vontade, sem restrições de quantidades), os indivíduos que aplicaram o método Montignac absorveram, em média, 2.110 kcal por dia. Esse aporte calórico é composto de 31% dc proteínas, 32% de lipídeos e 37% de carboidratos. Com valor calórico igual, o método Montignac foi comparado ao programa nutricional oficial “Santé Canadá”, aconselhado por cientistas daquele país (16% de proteínas, 30% de lipídeos, 54% de carboidratos). Ao fim de três semanas, a perda de peso foi de 2,4 quilos entre as pessoas que seguiram o método Montignac e 1,7 quilo entre os do programa “Santé Canadá”. Além disso, o método Montignac proporciona melhor saciedade e provoca maior diminuição da cintura.
Um outro estudo, publicado em 2001 pelos mesmos autores, estudava a evolução dos parâmetros sangüíneos induzida pelo método Montignac.
Suas conclusões disseram que o método Montignac assegura, quando bem seguido (c aplicando os conselhos de escolha dos lipídeos), uma autentica prevenção dos riscos cardiovasculares…