Musculação X Hipertensão Arterial

Treinamento de força NÃO É PERIGOSO para doentes da coronária, infartados, cardíacos e promove reabilitação cardiopulmonar

 

 

 

 

TREINAMENTO DE FORÇA NA VELHICE:

  • Aumenta força, massa, potência e qualidade músculo-esquelética
  • Normaliza a pressão arterial
  • Reduz a resistência à insulina
  • Diminui as gorduras total e intra-abdominal
  • Aumenta o metabolismo basal
  • Previne perda de massa óssea
  • Reduz o risco de quedas e dor
  • Seguro para DAC, IM, cardíacos e reabilitação cardiopulmonar

Estudos recentes têm demonstrado que os programas de treinamento de força, usando cargas leve, moderada ou alta, são seguros e efetivos para o desenvolvimento da força em pacientes com doença da artéria coronária (DAC) ou que tenham tido infarto do miocárdio (IM) anteriormente.

A segurança do treinamento de força foi bem documentada em pacientes selecionados. Além disso, o exercício com pesos, se realizado sob supervisão apropriada e com monitoramento cardiovascular apropriado, parece ser uma forma segura e viável de treinamento para pacientes cardíacos e um adendo importante para programas de reabilitação cardiopulmonar.

Investigações recentes, que examinaram as adaptações fisiológicas agudas e crônicas no treinamento de força de intensidade moderada a alta em populações cardíacas e geriátricas, demonstraram que esse treinamento não é perigoso, como se acreditava previamente. Investigações com populações mais idosas mostraram que o treinamento a 50-80% de uma repetição máxima (1RM) aumenta significativamente o tamanho do músculo, a força, e é seguro fisiologicamente. São recomendados em programas de reabilitação cardiopulmonares que incorporem exercícios dinâmicos dos braços e das pernas em sessões para aumentar a força muscular e a resistência. Esses exercícios devem corresponder a tarefas desempenhadas pelo paciente durante as atividades diárias.

Muitos pacientes perdem a força física e a confiança para desempenhar atividades cotidianas após um evento cardiovascular. Pacientes que têm atividades que requerem trabalho manual moderado, ou levantamento freqüentes, devem ser preparados para essas atividades através do treinamento de força.

TREINAMENTO DE FORÇA NA VELHICE: EFICAZ CONTRA SARCOPENIA

Um estudo muito interessante conduzido por Hurley & Roth (2000) sobre o treinamento de força na velhice, chegou à conclusão de que esse tipo de treinamento é efetivo contra a sarcopenia, porque produz substancial aumento na força, massa, potência e qualidade músculo-esquelética; normaliza a pressão arterial; reduz a resistência à insulina; diminui tanto a gordura total como a intra-abdominal; aumenta o metabolismo basal em adultos idosos; previne a perda de massa óssea; reduz o risco de quedas e pode reduzir a dor e promover função naqueles com osteoartrite na região do joelho. Ghilarducci e colaboradores observaram respostas da PA aceitáveis em pacientes em reabilitação cardíacas treinados aerobicamente que desempenharam treinamento de força em alta intensidade (80% de 1RM). Indivíduos foram continuamente monitorados pela freqüência cardíaca (FC) e eletrocardiograma (ECG), via radiotelemetria, durante o treinamento de força. Indivíduos foram também sistematicamente monitorados pela FC e PA durante 10 semanas de treinamento com pesos. Não se observaram sintomas de isquemia, FC ou PA anormais durante um teste de 1 RM ou treinamento de força. Haennel e colaboradores também observaram pressões sistólicas e diastólicas aceitáveis durante três séries de treinamento em circuito com máquinas hidráulicas (intervalos de repouso de 20 a 60 segundos), em homens, de 9 a 10 semanas após cirurgia de angioplastia. Não se reportaram complicações cardiovasculares com esse tipo de treinamento de força de baixa resistência e alta repetição.

EXERCÍCIO RESISTIDO REDUZ PRESSÃO SISTÓLICA E DIASTÓLICA

Em uma meta-análise investigando exercício resistido progressivo e pressão arterial (PA) em repouso, Kelley & Kelley (2000) concluíram que o exercício resistido progressivo é eficaz para reduzir a pressão sistólica e diastólica de repouso em adultos. Neste estudo foram coletados dados de artigos originais e revisões, jornais, dissertações, estudos publicados e indexados entre janeiro de 1966 e dezembro de 1998.

Em outra meta-análise investigando o treinamento resistido e pressão arterial de repouso, Cornelissen & Fagard (2005) sugerem que o treinamento resistido de intensidade moderada não é contra-indicado e poderia tornar- se parte da estratégia de intervenção não farmacológica para prevenir e combater hipertensão arterial.

Em outro estudo, analisando o efeito do exercício físico no controle da pressão arterial em pacientes com hipertensão, Fagard & Cornelissen (2007) verificaram dois tipos de exercícios: treinamento de resistência aeróbia e o exercício resistido, e constataram que os dois têm efeitos de redução na pressão arterial e que o exercício físico é uma terapia fundamental para a prevenção, tratamento e controle da hipertensão.

 

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