Ainda não se acham estabelecidas normas específicas para o emprego ou suplementação com os ácidos ômega-3, merecendo outros estudos, apesar das conclusões até hoje assinaladas pelos diversos pesquisadores. As evidências epidemiológicas e os benefícios obtidos com a ingestão de ácidos graxos ômega-3 marinhos, evidenciados pelos realizados sobre os esquimós da Groelândia e os estudos epidemiológicos realizados no Japão por Hirai e col., além dos estudos de longevidade de Kagawa e col. indicam resultados positivos da ingestão dietética de peixe.
Os estudos complementares documentando alterações favoráveis nos perfis hemático e lipídico através da ingestão de peixes marinhos ou da suplementação com cápsulas de óleo de peixe constituem dados importantes sobre o papel exercido pelos ácidos graxos ômega-3. Face aos estudos realizados e ao estado atual dos conhecimentos, sugere-se que os ácidos graxos ômega-3 exerçam efeitos benéficos na prevenção da tromboaterogênese, assim como nas manifestações clínicas da cardiopatia isquêmica. Conclusões mais precisas deverão ser firmadas pela realização de estudos prospectivos a longo prazo, envolvendo dados farmacológicos, dietéticos e terapêuticos. A maior ingestão de ácidos graxos ômega-3 aumentando o conteúdo de ácidos graxos poli insaturados no organismo e possibilitando o aumento da auto-oxidação e da peroxidação lipídica, representa dados a serem devidamente confirmados. Existe ainda a indagação se um suplemento de antioxidantes como as vitaminas C ou E ou de removedores de radicais livres administrados simultaneamente.