Princípios básicos e fatores do treinamento

Grupos especiais, cuidados especiais

Os exercícios para musculação podem ser realizados por qualquer pessoa, em qualquer estado de saúde, não importando idade, sexo ou condição física. São muito raras as situações em que exercícios para musculação devam ser impedidos ou não recomendados.

É evidente que alguns cuidados especiais devem ser tomados ao se programar o treinamento para grupos específicos, além de uma consulta ao profissional médico especializado antes de ser iniciada qualquer atividade física.

[tabs slidertype=”top tabs”] [tabcontainer] [tabtext]Introdução[/tabtext] [tabtext]Crianças e Adolescentes[/tabtext] [tabtext]Mulheres[/tabtext] [tabtext]Deficientes Físicos[/tabtext] [/tabcontainer] [tabcontent] [tab]Para planejar uma Programação de Exercícios é necessário considerar os dois princípios básicos do treinamento: ESPECIFICIDADE e SOBRECARGA. ESPECIFICIDADE (ou Objetivo): É a escolha da atividade física que melhor estimule as qualidades de aptidão que se deseja desenvolver.

No caso de se pretender a Musculação, a atividade deve ser a ginástica com pesos ou outra forma de exercícios resistidos.

SOBRECARGA: É a graduação adequada dos fatores do treinamento, de tal forma que ocorra estímulo para aumento das capacidades funcionais do organismo. Os dois principais fatores do treinamento são: INTENSIDADE e VOLUME. INTENSIDADE: Trata-se do grau de esforço exigido para realizar um exercício, ou a quantidade de energia necessária na unidade de tempo.

Na ginástica com pesos, a intensidade de uma sessão de treinamento é dada pela carga utilizada em cada série e pela duração dos intervalos de descanso entre as mesmas. Quanto maiores as cargas e menores os intervalos, maior é a intensidade da sessão. A velocidade de execução dos movimentos deve ser sempre a mesma, para garantir uma eficiente ativação muscular; portanto, não interfere na intensidade.

A Intensidade do treinamento deve ser adequada à condição física de cada pessoa, lembrando que alguns problemas de saúde contra-indicam não a musculação, mas qualquer esforço de alta intensidade.

VOLUME: Este fator se refere à quantidade de trabalho realizado. O volume depende da duração e freqüência das sessões de treinamento. A DURAÇÃO é o tempo necessário para completar a sessão de treinamento, FREQÜÊNCIA é o número de sessões realizadas em um determinado período de tempo, geralmente expresso em bases semanais. Em musculação, os volumes iniciais de treinamento devem ser baixos, com sessões curtas e sempre intercaladas com dias de descanso.

Com a evolução da condição física da pessoa, o volume de treinamento pode aumentar. Porém, sempre que os progressos diminuírem, deve-se suspeitar de estar ocorrendo volume excessivo e retornar às programações com menor quantidade de trabalho.[/tab] [tab]Atualmente, os exercícios resistidos são amplamente utilizados por crianças e adolescentes, sendo-lhes até recomendados pela ciência. Nenhum estudo até hoje comprovou efetivamente qualquer malefício à saúde dos jovens praticantes de ginástica com pesos, como vinha sendo largamente apregoado.

O Colégio Americano de Ciências do Esporte é uma das respeitáveis organizações que declaram que o treinamento resistido é fundamental para os jovens em formação, pois contribui para fortalecer suas estruturas, preparando-os para um futuro saudável.

ATENÇÃO: Não se aconselha o uso de cargas tão elevadas, que impossibilitem um mínimo de 8 repetições. Isto, para que o treinamento seja seguro e livre de riscos de lesões. É necessário lembrar aqui, que esportes que apresentam altíssima incidência de lesões e fraturas, como o futebol e certas lutas, vêm sendo sistematicamente recomendados às crianças. [/tab] [tab]As mulheres não devem se preocupar com os grandes volumes musculares, já que um alto nível de hipertrofia só pode ser conseguido por homens e, entre eles, apenas por grupos restritos de indivíduos com propensão genética. As raríssimas mulheres atletas que apresentam grau de hipertrofia muito alto são resultado de situações do tipo congênito, ou uso de drogas hormonais masculinas – geralmente ambas. Não há mulher que não deseje ter músculos, mas às vezes não percebe isso.

Porque, se a gordura e a magreza excessivas são fatores deformantes da silhueta feminina, é fácil concluir que são eles, os músculos, que dão forma ao corpo da mulher. Exercícios de musculação, aliados a um controle alimentar, vão dar forma, consistência, firmeza e contornos arredondados ao corpo feminino, além de melhorar a sustentação da pele, com a perda da gordura e ganho relativo de massa muscular. 2.1 CUIDADOS O organismo feminino é mais propenso ao catabolismo pelo excesso de treinamento, razão pela qual é preciso realizar sessões de musculação um pouco mais curtas e menos fre­qüentes.

No mais, podem as mulheres exercitar-se da mesma forma que os homens, naturalmente com exercícios específicos voltados aos grupos musculares de maior interesse, como pernas, coxas, glúteos e cintura. 2.2 GRAVIDEZ A prática dos exercícios não é proibida durante a gravidez, mas recomenda-se antes procurar o médico para constatar se a gestação é normal e, caso positivo, continuar o treinamento de musculação com cargas um pouco menores e com cuidados para não executar movimentos que comprimam o ventre. 2.3 VARIZES Elas são uma decorrência de doenças degenerativas nas veias, impostas geneticamente.

Sabe-se que permanecer em pé por muito tempo é um fator agravante, mas na musculação é possível selecionar exercícios realizados na posição deitada ou com as pernas elevadas que, aliados a atividades físicas que beneficiem a circulação do sangue, tendem a melhorar o quadro. [/tab] [tab]Em torno de 10% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência e a atividade física tem mostrado ser a melhor terapia para este importante grupo de cidadãos, não só objetivando a reabilitação (que em muitos casos é impossível), mas também a prática de esportes, onde os atletas para-olímpicos trazem muito mais medalhas para o Brasil do que os atletas “normais”, a custos significativamente menores.

A musculação é largamente utilizada na medicina física, pelos inegáveis benefícios terapêuticos que apresenta, quando os objetivos são: recuperar a força, melhorar amplitudes articulares, estimular e melhorar a irrigação do sangue, aprimorar a coordenação motora e outros. “Fisioterapia em academias chama-se Musculação” costuma-se afirmar com toda a ra­zão, pois nossa experiência tem demonstrado, através das décadas, que o uso de equipamentos e técnicas de treinamento normais dos atletas de musculação, quando adaptados às condições e limitações físicas dos PPDs, têm enorme eficácia na conquista de melhores resultados para este grupo. Igualmente, influem para uma excepcional melhora do quadro psicológico, devolvendo a estas pessoas a auto-estima que às vezes também perdem com o acidente que as tornou fisicamente limitadas, mas não incapacitadas.

CUIDADOS: A pessoa portadora de deficiência física é apenas uma pessoa normal, com necessidades especiais. O treinamento com pesos deve ser programado no sentido de procurar realizar os movimentos possíveis para a reabilitação, mas direcionando os exercícios para os grupos musculares mais fortes. No caso do amputado, por exemplo, trabalhar o(s) membro(s) restante(s) para que estes, fortalecendo-se, possam realizar tarefas mais intensas com facilidade.[/tab] [/tabcontent] [/tabs]

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