Contrariando a antiga suposição de que o ácido fólico é aparentemente não tóxico para o homem, doses constantes diárias de 5mg são bem toleradas por longos períodos de tempo, com poucas reações. Em ratos, a administração de uma única dose maciça letal resulta em insuficiência renal tóxica e redução do fluxo urinário devido à precipitação de ácido fólico cristalizado.
No tocante à tolerância, experiências realizadas com a ingestão diária de 15mg de ácido fólico revelaram ser ele bem tolerado pelo homem sem alguma reação; outras experiências com doses de 15mg diários por via oral, revelaram que os indivíduos testados apresentaram sintomas gastrintestinais e neurológicos e hipersensibilidade.
Descontinuando o tratamento os sintomas desaparecerão em três semanas, permanecendo as causas dos sintomas neurológicos desconhecidas. Entre as possíveis causas discutidas foram consideradas a depleção de vitamina B12 assim como uma ação neurotóxica direta da piridoxina. Sabe-se que a concentração de ácido fólico do sistema nervoso central é de cinco ou dez vezes mais alta do que no soro, pois o ácido fólico apresenta afinidade para o sistema nervoso central. Dessa forma, o nível de ácido fálico no soro aumenta (até 120mg/dl) no curso da administração prolongada de altas doses e o nível do SNC pode aumentar por um motivo idêntico, podendo ocasionar distúrbios neurológicos.
Fonte: Tabela de Composição Química dos Alimentos, Guilherme Franco, editora Atheneu.